quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

É péssimo quando você briga com aquela sua amiga que é sua irmã, você se sente hiper mal. Pelo menos eu fico. Fico pensando naquilo o dia todo, pensando no que fazer para falar com ela, pedir desculpas, perdão ou seja lá o que for... penso em tudo para ela me perdoar. Passa dois dias e ela não veio fala com você, você conversou no msn e não teve resposta e aquilo ainda está na cabeça. Ai combina de fazer algumas coisas entre amigas e é hora de chama-la, então, um bom momento para ligar e ver como está o clima e se desculpar (pela milésima vez). Então você liga e apesar daquela voz de chateada que você ouve que te corta o coração, você percebe que passou já, que ficou para trás. Mas está bem claro, ainda está meio chateada.
A etapa do telefone já foi, agora pessoalmente a atitude precisa ser a mesma né! Aí quando nos vemos, você abaixa a cabeça no estilo "volta o cão arrependido", ela te olha meio por cima com uma cara "sua filha da puta, você foi brexa!" e depois dessas duas coisas rola aquele abraço de meia hora. E só esse abraço é necessário, porque melhor que palavras são atitudes e com esse abraço estamos dizendo milhares de coisa, inclusive "eu te amo", "desculpa, perdão, foi mals"... enfim, são muitas coisas que significa que sinceramente só nós sabemos.
Ai passa o dia todo e a melhor coisa é ouvir quando se despedem "ah, amanhã eu te ligo pra gente se ver!"
Tá! Palavras são ótimas as vezes, mas boas quando você sabe que são verdadeiras e tem um grande valor por trás delas. E não quando são simplesmente ditas e jogadas ao vento. Afinal, falar todos falam... mas fazer, poucos fazem!!

E um trecho do livro Uma Aprendizagem ou Livro dos Prazeres de Clarice Lispector faz todo o sentido:
“Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora de minha própria vida. (...)"

É necessário sempre viver apesar de, porque se fossemos levar tudo em consideração e nos preocupar e etc. Não amaríamos ninguém. São com esses apesar de que vemos o quanto gostamos de alguém, por gostarmos dela mesmo com esses apesares.

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